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NOTÍCIAS

Por Kiw Assessoria 02 abr., 2024
Nos dias 30 e 31 de março, cerca de 20 jovens dos Assentamentos Onalício Barros e do Acampamento Beatriz Bandeira, localizados nas proximidades do Parque Estadual do Cantão, no território da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão, em Caseara/TO, reuniram-se para a 1ª Roda de Conversa do projeto JOVEM CERRADO, o que marcou um importante passo em direção ao fortalecimento das capacidades de atuação e incidência da juventude frente às questões socioambientais da região. Angélica Beatriz, voluntária da Associação Onça D'água, organização apoiadora do evento, detalha que o momento proporcionou um ambiente para a troca de experiências e aprendizado, com foco em temas de conotação emergencial como Justiça Climática, Agroextrativismo, Sustentabilidade e Comunicação Popular. “Atividades educativas não-formais foram praticadas, facilitando a compreensão da cultura política, estimulando a busca do conhecimento e do pertencimento, debatendo as interações entre os seres humanos e o ambiente natural”, aponta. A jovem Natália, do acampamento Beatriz Bandeira, conta que o espaço de diálogos trouxe muitos conhecimentos e fomentou outros, os quais irá disseminar para os outros jovens de sua comunidade. “Pude aprender muito mais sobre o Cerrado e formas de preservar a natureza e tudo o que ela proporciona em nossas vidas”, relata.
Por Angélica Beatriz 18 mar., 2024
As Unidades de Conservação da Natureza, espaços naturais legalmente protegidos, são, sem sombra de dúvidas, um dos mais importantes instrumentos para a proteção da biodiversidade e, consequentemente, para o ordenamento territorial, engajamento social e manutenção do patrimônio histórico e cultural, dentre outros. Assim, a bióloga e voluntária da Associação Onça D'água, Angélica Beatriz, deu início ao conteúdo do Catálogo de Arte Rupestre da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra do Lajeado, reconhecendo a relevante atribuição das áreas protegidas em um contexto socioambiental e neste produto foi dada ênfase a esta APA, localizada no coração do Tocantins, nas franjas da capital do Estado. A categoria de manejo de unidade de conservação denominada "APA" traz em si a oportunidade de um justo compartilhamento de responsabilidades sobre os ambientes naturais e o seu uso sustentável por todos os segmentos que se localizam em seus limites. Sejam municípios, produtores, empresas, a sociedade como um todo, a todos cabe o cumprimento das normas estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, que tendem ao alcance do bem comum e dos direitos difusos.
Por O ECO 05 mar., 2024
Os episódios ocorridos no segundo semestre de 2023 envolvendo as queimadas na Amazônia e a política ambiental do Brasil trouxeram para o debate vários questionamentos, dúvidas e, até mesmo, ataques sobre o papel e a função das Organizações Não Governamentais (ONGs) na região, especialmente em relação ao uso de recursos do Fundo Amazônia, geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Neste contexto, três pontos são importantes salientar. O primeiro, é que muitas ONGs foram criadas e consolidaram seus papéis e relevância bem antes da instituição do Fundo Amazônia. O segundo, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, é que não é tão fácil acessar os recursos do Fundo Amazônia. Os critérios para seleção e apoio são extremamente rigorosos, ou seja, somente organizações bem estruturadas e com excelente reputação e capacidade de execução conseguem ter projetos apoiados. O ponto três é que a maior fatia dos recursos internacionais advindos do fundo é destinada aos órgãos governamentais (54%) e os 43% acessados pelo terceiro setor incluem ONGs, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), entidades filantrópicas e outras formas de associação sem fins lucrativos que atuam na Amazônia. As ONGs tiveram, têm e continuarão a ter um desempenho muito importante na implementação de ações voltadas para o desenvolvimento socioambiental da Amazônia, em certos contextos, em complemento às iniciativas de melhoria da qualidade de vida e conservação dos recursos naturais em territórios e comunidades remotas, atendendo populações que estão em ambiente isolados e que não têm acesso a políticas públicas básicas, que são direitos constituídos, como saúde, educação, comunicação, energia e outros. Historicamente, as ONGs desenvolvem programas e projetos que visam atender populações em situação de vulnerabilidade social, econômica e ambiental e, na Amazônia, há diversas, mas iremos citar cinco grandes exemplos de instituições sérias e consolidadas que estão na vanguarda do desenvolvimento sustentável regional, sempre atentas ao fortalecimento das comunidades e na melhoria da qualidade de vida dos amazônidas. O primeiro exemplo vem do Oeste do Pará, em Santarém, onde está localizado o Projeto Saúde e Alegria – PSA (www.saudeealegria.org.br). Há mais de 30 anos, o projeto desenvolve ações voltadas à saúde, geração de renda, educação, cultura, inclusão digital e empreendedorismo para as populações ribeirinhas da Resex Tapajós-Arapiuns e Flona do Tapajós. As ações de saúde realizadas nessa região inspiraram políticas públicas para os biomas Amazônia e Pantanal de tão relevantes que foram os resultados. Em especial, a redução da desnutrição infantil. Recentemente, o projeto plantou mais de 73 mil mudas frutíferas e florestais para fins de reflorestamento e enriquecimento de florestas e quintais florestais; em 2019, foram 33.180 novas mudas produzidas.
Por Kiw Assessoria 01 fev., 2024
Colaboração entre ICMBio e Serviço Geológico Brasileiro viabilizou iniciativa Em parceria com o Serviço Geológico do Brasil - SGB, foi desenvolvido um acesso virtual que permite visualizar o importante acervo geológico, arqueológico e de grande biodiversidade do Parque Nacional da Serra da Capivara, unidade de conservação com sede localizada no município de São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, que protege importante patrimônio, com alguns dos vestígios mais antigos da presença humana no Brasil e nas Américas. Pelo seu valor histórico e cultural, o Parque Nacional da Serra da Capivara foi declarado pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1991, Patrimônio Cultural da Humanidade. “Esta é uma iniciativa do Departamento de Gestão Territorial que visa levar informações geocientíficas de Parques Nacionais e de áreas afins para os gestores e aos visitantes dessas áreas. Dotado de uma linguagem cidadã, esperamos que este produto possa enriquecer as experiências dos visitantes e fortalecer iniciativas do Parna da Serra da Capivara”, afirma Diogo Rodrigues A. da Silva, Chefe do Departamento de Gestão Territorial – DEGET/SGB. Para a chefe da unidade de conservação, Marian Rodrigues, "o passeio virtual no Parque Nacional da Serra da Capivara é de suma importância, pois oferece acesso global à nossa rica herança cultural, possibilitando a apreciação e compreensão da região, promovendo a preservação digital e ampliando a visibilidade nacional e internacional”. O acesso ao passeio virtual pode ser feito pelo link (AQUI) que também está disponível na bio do Instagram do Parque Nacional da Serra da Capivara. Por meio dele é possível desbravar em detalhes a pré-história, a história, a biodiversidade e as pinturas rupestres gravadas nos diversos paredões da unidade. Fonte: ICMBio
17 jan., 2024
Com uma vida dedicada à conservação da natureza, Maria Tereza Jorge Pádua, a “mãe dos parques nacionais”, fala sobre sua carreira, conquistas e o Brasil que deseja Maria Tereza Jorge Pádua não sabe precisar quando começou a ser pioneira. Mas é o que foi durante toda a vida, enquanto abria caminhos na conservação e liderava equipes responsáveis pela criação das primeiras grandes áreas protegidas na Amazônia. Seu legado se estende por mais de 8 milhões de hectares hoje protegidos no país e inclui unidades de conservação emblemáticas como Trombetas, Chapada Diamantina e Atol das Rocas. Fã de carteirinha de Euclides da Cunha e seus “sertões” e com um nome já cimentado na história ambiental da conservação do país, Maria Tereza conversou com ((o))eco sobre carreira, universidade, culinária e, claro, meio ambiente. Maria Tereza já havia nos concedido uma entrevista por videoconferência em 2021 e, no final de 2023, voltamos a conversar com a ambientalista. Na primeira ocasião, os jornalistas Aldem Bourscheit, Daniele Bragança, Duda Menegassi e Paulina Chamorro passaram duas horas fazendo todo tipo de pergunta. O farto material não foi publicado. Na ocasião, Maria Tereza estava pessimista em relação ao país e lamentava ter que ver o retrocesso de 50 anos na área da conservação imposta pelo governo Bolsonaro: “O presidente que nós temos não sabe o que fala na área de conservação da natureza. É uma pena, é uma vergonha para nós todos”, disse na ocasião. Ouvi a entrevista na íntegra e retomei a conversa como se tivesse participado da primeira, mas não tocamos no tema política e falamos pouco sobre criação de unidades de conservação, o feito pela qual é mais conhecida e que possui inúmeros materiais escritos, inclusive aqui em ((o))eco. A ideia era falar mais sobre a Maria Tereza que está além da funcionária dedicada do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal que liderou a criação de mais de 20 Unidades de Conservação no país, como os Parques Nacionais da Amazônia, Cabo Orange e Serra da Canastra, além das Reservas Biológicas de Atol das Rocas, Rio Trombetas e Poço das Antas, para ficar apenas em seis exemplos. Após algumas tentativas, finalmente a videochamada dá certo e a entrevista começa. Do outro lado da tela, vemos uma senhora de cabelos castanhos brilhosos, dona de uma gargalhada contagiante, sem se importar com as dificuldades que encontramos para a nossa entrevista iniciar. Lá estava Maria Tereza Jorge Pádua, direto do Peru, onde há mais de vinte anos passa metade do tempo – ela é casada com o ecologista peruano Marc Dourojeanni, professor emérito da Universidade Nacional Agrária de Lima. Há vinte anos, eles vivem uma rotina que é dividida entre Lima e Brasília. Aos 80 anos de idade, Maria Tereza continua ativa. Hoje, além de palestras e artigos escritos, faz parte do Conselho da Associação O Eco, membro do Conselho da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e da comissão mundial de Parques Nacionais da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN).
Por Kiw Assessoria 07 dez., 2023
Campanha pretende sensibilizar comunidade internacional para a importância de preservar o Cerrado e seus povos e comunidades
Por Amanda Riesemberg 24 nov., 2023
A Associação Onça D'Água realizou, no último dia 18 de novembro, uma Oficina de Elaboração de Projetos como parte integrante do projeto "Redes de Iniciativas Produtivas Sustentáveis em Áreas de Proteção Ambiental no Tocantins". Essa iniciativa atendeu a uma demanda dos beneficiários da APA Serra do Lajeado e da região das Serras Gerais, visando fortalecer as práticas de gestão organizacional por meio da submissão de projetos em editais de potenciais financiadores no campo socioambiental. Sob a orientação das profissionais Angélica Beatriz e Ediclea Araújo, voluntárias e membros do Conselho Administrativo da Onça D'Água, a oficina adotou uma abordagem prática, baseada na premissa de "aprender fazendo". Os participantes foram incentivados a construir suas propostas por meio de processos de construção do conhecimento, debates colaborativos e entendimento das demandas locais.
Por Aldem Bourscheit 22 nov., 2023
O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e ((o))eco estimaram em primeira mão quanto carbono há na vegetação das unidades de conservação terrestres no país. O trabalho conecta as agendas globais de proteção do clima e da biodiversidade. Parques e outras reservas ecológicas federais, estaduais e municipais, em terras públicas e privadas, cobrem por volta de 18% do território continental ou quase 1,6 milhão de km2 na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa. A área é similar à do Amazonas. Essas reservas compõem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) , cujas principais atribuições incluem manter a biodiversidade e os recursos genéticos do país. Mas, esse patrimônio público também é peça-chave para equilibrar o clima. A vegetação acima e abaixo do solo nessas áreas guarda ao menos 19 gigatoneladas (Gt) de carbono, análogas a 28 anos de emissões nacionais de CO2, gás que amplia o efeito estufa e eleva a temperatura global. Em 2021, o país emitiu 2,42 Gt de CO2 equivalente , taxa que reúne outros gases que afetam o clima. “É fundamental essa conversa entre as agendas climática e de biodiversidade no Brasil, onde as perdas de vegetação nativa são a maior fonte de emissões de gases-estufa”, destaca Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam e doutora em Recursos Florestais e Conservação pela Universidade da Flórida.
Por Sarah Pires 06 nov., 2023
Numa busca conceitual para compreender a dimensão do termo “voluntariado” ou sobre aquele que pratica o voluntariado, encontrei uma diversidade de definições e destaquei algumas que me chamaram a atenção, por exemplo esta, de autoria de Mônica Corullón (Voluntários-Programa de estímulo ao trabalho voluntário no Brasil. São Paulo: Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, 1996): “O voluntário é um ator social e agente de transformação , que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade, doando seu tempo e conhecimentos, realizando um trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário , atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais , sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional”. Seguindo a busca, fui instigada a ir mais além e tentar compreender as motivações daqueles que se dedicam ao voluntariado e encontrei uma lista longa de motivos, dentre eles dois de muito significado para mim (da mesma autora citada acima), que são: a doação de tempo e esforço como resposta a uma inquietação interior que é levada à prática (cunho pessoal), e a tomada de consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa (cunho social). A autora descreve ainda que “o potencial transformador das atitudes voluntárias representam o crescimento interior do próprio indivíduo ”. Outro autor, Miguel Darcy de Oliveira (Centros de voluntários: transformando necessidades em oportunidades de ação. São Paulo: Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária) , diz o seguinte: “O voluntariado que nasce deste encontro da solidariedade com a cidadania não substitui o Estado nem se choca com o trabalho remunerado mas exprime, isto sim, a c apacidade da sociedade de assumir responsabilidades e de agir por si mesma ” E mais: “O trabalho voluntário é também, cada vez mais, uma via de mão dupla: não só generosidade e doação, mas também abertura a novas experiências , oportunidade de aprendizado, prazer de se sentir útil , criação de novos vínculos de pertencimento, afirmação do sentido comunitário ” E como se dá o voluntariado e quantos são no Brasil? Como isso acontece? Algumas respostas a esses questionamentos foram encontradas no e-book intitulado “Voluntariado no Brasil: duas décadas de transformação”, pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – IDIS, lançado no ano de 2022, que revelou que o percentual da população brasileira que já praticou o voluntariado em algum momento de sua vida passou de 18% em 2001 para 56% em 2021, registrando um total de 57 milhões de voluntários ativos.
Por Kiw Assessoria 25 out., 2023
Material é fruto da cooperação técnica entre a Associação Onça D’Água e o WWF Brasil O catálogo reúne a história, as tradições e os produtos da Associação Comunitária Quilombola dos Extrativistas, Artesãos e Pequenos Produtores do Povoado Do Prata; da Associação de Artesãos e Extrativistas do Povoado do Mumbuca; e da Associação Comunitária dos Artesãos e Pequenos Produtores de Mateiros (ACAPPM). A cooperação técnica entre a Associação Onça D’Água e o WWF Brasil alavancou uma série de iniciativas para o fortalecimento do Manejo Integrado do Fogo (MIF) e da Sociobiodiversidade em comunidades rurais da região do Jalapão. Neste mês, a parceria entrega seu último produto: um catálogo digital elaborado conjuntamente com as associações beneficiárias do projeto. “A existência dos catálogos fortalece a divulgação e a venda dos produtos, facilita a comunicação com clientes no Brasil e em outros países, além de mostrar a história de cada associação e os demais serviços ofertados pelas comunidades, como os festejos, o Turismo de Base Comunitária e os produtos da agricultura familiar e do extrativismo sustentável do Cerrado”, explica a coordenadora do projeto, Cassiana Moreira.
Por Kiw Assessoria 02 abr., 2024
Nos dias 30 e 31 de março, cerca de 20 jovens dos Assentamentos Onalício Barros e do Acampamento Beatriz Bandeira, localizados nas proximidades do Parque Estadual do Cantão, no território da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão, em Caseara/TO, reuniram-se para a 1ª Roda de Conversa do projeto JOVEM CERRADO, o que marcou um importante passo em direção ao fortalecimento das capacidades de atuação e incidência da juventude frente às questões socioambientais da região. Angélica Beatriz, voluntária da Associação Onça D'água, organização apoiadora do evento, detalha que o momento proporcionou um ambiente para a troca de experiências e aprendizado, com foco em temas de conotação emergencial como Justiça Climática, Agroextrativismo, Sustentabilidade e Comunicação Popular. “Atividades educativas não-formais foram praticadas, facilitando a compreensão da cultura política, estimulando a busca do conhecimento e do pertencimento, debatendo as interações entre os seres humanos e o ambiente natural”, aponta. A jovem Natália, do acampamento Beatriz Bandeira, conta que o espaço de diálogos trouxe muitos conhecimentos e fomentou outros, os quais irá disseminar para os outros jovens de sua comunidade. “Pude aprender muito mais sobre o Cerrado e formas de preservar a natureza e tudo o que ela proporciona em nossas vidas”, relata.
Por Angélica Beatriz 18 mar., 2024
As Unidades de Conservação da Natureza, espaços naturais legalmente protegidos, são, sem sombra de dúvidas, um dos mais importantes instrumentos para a proteção da biodiversidade e, consequentemente, para o ordenamento territorial, engajamento social e manutenção do patrimônio histórico e cultural, dentre outros. Assim, a bióloga e voluntária da Associação Onça D'água, Angélica Beatriz, deu início ao conteúdo do Catálogo de Arte Rupestre da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra do Lajeado, reconhecendo a relevante atribuição das áreas protegidas em um contexto socioambiental e neste produto foi dada ênfase a esta APA, localizada no coração do Tocantins, nas franjas da capital do Estado. A categoria de manejo de unidade de conservação denominada "APA" traz em si a oportunidade de um justo compartilhamento de responsabilidades sobre os ambientes naturais e o seu uso sustentável por todos os segmentos que se localizam em seus limites. Sejam municípios, produtores, empresas, a sociedade como um todo, a todos cabe o cumprimento das normas estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, que tendem ao alcance do bem comum e dos direitos difusos.
Por O ECO 05 mar., 2024
Os episódios ocorridos no segundo semestre de 2023 envolvendo as queimadas na Amazônia e a política ambiental do Brasil trouxeram para o debate vários questionamentos, dúvidas e, até mesmo, ataques sobre o papel e a função das Organizações Não Governamentais (ONGs) na região, especialmente em relação ao uso de recursos do Fundo Amazônia, geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Neste contexto, três pontos são importantes salientar. O primeiro, é que muitas ONGs foram criadas e consolidaram seus papéis e relevância bem antes da instituição do Fundo Amazônia. O segundo, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, é que não é tão fácil acessar os recursos do Fundo Amazônia. Os critérios para seleção e apoio são extremamente rigorosos, ou seja, somente organizações bem estruturadas e com excelente reputação e capacidade de execução conseguem ter projetos apoiados. O ponto três é que a maior fatia dos recursos internacionais advindos do fundo é destinada aos órgãos governamentais (54%) e os 43% acessados pelo terceiro setor incluem ONGs, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), entidades filantrópicas e outras formas de associação sem fins lucrativos que atuam na Amazônia. As ONGs tiveram, têm e continuarão a ter um desempenho muito importante na implementação de ações voltadas para o desenvolvimento socioambiental da Amazônia, em certos contextos, em complemento às iniciativas de melhoria da qualidade de vida e conservação dos recursos naturais em territórios e comunidades remotas, atendendo populações que estão em ambiente isolados e que não têm acesso a políticas públicas básicas, que são direitos constituídos, como saúde, educação, comunicação, energia e outros. Historicamente, as ONGs desenvolvem programas e projetos que visam atender populações em situação de vulnerabilidade social, econômica e ambiental e, na Amazônia, há diversas, mas iremos citar cinco grandes exemplos de instituições sérias e consolidadas que estão na vanguarda do desenvolvimento sustentável regional, sempre atentas ao fortalecimento das comunidades e na melhoria da qualidade de vida dos amazônidas. O primeiro exemplo vem do Oeste do Pará, em Santarém, onde está localizado o Projeto Saúde e Alegria – PSA (www.saudeealegria.org.br). Há mais de 30 anos, o projeto desenvolve ações voltadas à saúde, geração de renda, educação, cultura, inclusão digital e empreendedorismo para as populações ribeirinhas da Resex Tapajós-Arapiuns e Flona do Tapajós. As ações de saúde realizadas nessa região inspiraram políticas públicas para os biomas Amazônia e Pantanal de tão relevantes que foram os resultados. Em especial, a redução da desnutrição infantil. Recentemente, o projeto plantou mais de 73 mil mudas frutíferas e florestais para fins de reflorestamento e enriquecimento de florestas e quintais florestais; em 2019, foram 33.180 novas mudas produzidas.
Por Kiw Assessoria 01 fev., 2024
Colaboração entre ICMBio e Serviço Geológico Brasileiro viabilizou iniciativa Em parceria com o Serviço Geológico do Brasil - SGB, foi desenvolvido um acesso virtual que permite visualizar o importante acervo geológico, arqueológico e de grande biodiversidade do Parque Nacional da Serra da Capivara, unidade de conservação com sede localizada no município de São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, que protege importante patrimônio, com alguns dos vestígios mais antigos da presença humana no Brasil e nas Américas. Pelo seu valor histórico e cultural, o Parque Nacional da Serra da Capivara foi declarado pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1991, Patrimônio Cultural da Humanidade. “Esta é uma iniciativa do Departamento de Gestão Territorial que visa levar informações geocientíficas de Parques Nacionais e de áreas afins para os gestores e aos visitantes dessas áreas. Dotado de uma linguagem cidadã, esperamos que este produto possa enriquecer as experiências dos visitantes e fortalecer iniciativas do Parna da Serra da Capivara”, afirma Diogo Rodrigues A. da Silva, Chefe do Departamento de Gestão Territorial – DEGET/SGB. Para a chefe da unidade de conservação, Marian Rodrigues, "o passeio virtual no Parque Nacional da Serra da Capivara é de suma importância, pois oferece acesso global à nossa rica herança cultural, possibilitando a apreciação e compreensão da região, promovendo a preservação digital e ampliando a visibilidade nacional e internacional”. O acesso ao passeio virtual pode ser feito pelo link (AQUI) que também está disponível na bio do Instagram do Parque Nacional da Serra da Capivara. Por meio dele é possível desbravar em detalhes a pré-história, a história, a biodiversidade e as pinturas rupestres gravadas nos diversos paredões da unidade. Fonte: ICMBio
17 jan., 2024
Com uma vida dedicada à conservação da natureza, Maria Tereza Jorge Pádua, a “mãe dos parques nacionais”, fala sobre sua carreira, conquistas e o Brasil que deseja Maria Tereza Jorge Pádua não sabe precisar quando começou a ser pioneira. Mas é o que foi durante toda a vida, enquanto abria caminhos na conservação e liderava equipes responsáveis pela criação das primeiras grandes áreas protegidas na Amazônia. Seu legado se estende por mais de 8 milhões de hectares hoje protegidos no país e inclui unidades de conservação emblemáticas como Trombetas, Chapada Diamantina e Atol das Rocas. Fã de carteirinha de Euclides da Cunha e seus “sertões” e com um nome já cimentado na história ambiental da conservação do país, Maria Tereza conversou com ((o))eco sobre carreira, universidade, culinária e, claro, meio ambiente. Maria Tereza já havia nos concedido uma entrevista por videoconferência em 2021 e, no final de 2023, voltamos a conversar com a ambientalista. Na primeira ocasião, os jornalistas Aldem Bourscheit, Daniele Bragança, Duda Menegassi e Paulina Chamorro passaram duas horas fazendo todo tipo de pergunta. O farto material não foi publicado. Na ocasião, Maria Tereza estava pessimista em relação ao país e lamentava ter que ver o retrocesso de 50 anos na área da conservação imposta pelo governo Bolsonaro: “O presidente que nós temos não sabe o que fala na área de conservação da natureza. É uma pena, é uma vergonha para nós todos”, disse na ocasião. Ouvi a entrevista na íntegra e retomei a conversa como se tivesse participado da primeira, mas não tocamos no tema política e falamos pouco sobre criação de unidades de conservação, o feito pela qual é mais conhecida e que possui inúmeros materiais escritos, inclusive aqui em ((o))eco. A ideia era falar mais sobre a Maria Tereza que está além da funcionária dedicada do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal que liderou a criação de mais de 20 Unidades de Conservação no país, como os Parques Nacionais da Amazônia, Cabo Orange e Serra da Canastra, além das Reservas Biológicas de Atol das Rocas, Rio Trombetas e Poço das Antas, para ficar apenas em seis exemplos. Após algumas tentativas, finalmente a videochamada dá certo e a entrevista começa. Do outro lado da tela, vemos uma senhora de cabelos castanhos brilhosos, dona de uma gargalhada contagiante, sem se importar com as dificuldades que encontramos para a nossa entrevista iniciar. Lá estava Maria Tereza Jorge Pádua, direto do Peru, onde há mais de vinte anos passa metade do tempo – ela é casada com o ecologista peruano Marc Dourojeanni, professor emérito da Universidade Nacional Agrária de Lima. Há vinte anos, eles vivem uma rotina que é dividida entre Lima e Brasília. Aos 80 anos de idade, Maria Tereza continua ativa. Hoje, além de palestras e artigos escritos, faz parte do Conselho da Associação O Eco, membro do Conselho da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e da comissão mundial de Parques Nacionais da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN).
Por Kiw Assessoria 07 dez., 2023
Campanha pretende sensibilizar comunidade internacional para a importância de preservar o Cerrado e seus povos e comunidades
Por Amanda Riesemberg 24 nov., 2023
A Associação Onça D'Água realizou, no último dia 18 de novembro, uma Oficina de Elaboração de Projetos como parte integrante do projeto "Redes de Iniciativas Produtivas Sustentáveis em Áreas de Proteção Ambiental no Tocantins". Essa iniciativa atendeu a uma demanda dos beneficiários da APA Serra do Lajeado e da região das Serras Gerais, visando fortalecer as práticas de gestão organizacional por meio da submissão de projetos em editais de potenciais financiadores no campo socioambiental. Sob a orientação das profissionais Angélica Beatriz e Ediclea Araújo, voluntárias e membros do Conselho Administrativo da Onça D'Água, a oficina adotou uma abordagem prática, baseada na premissa de "aprender fazendo". Os participantes foram incentivados a construir suas propostas por meio de processos de construção do conhecimento, debates colaborativos e entendimento das demandas locais.
Por Aldem Bourscheit 22 nov., 2023
O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e ((o))eco estimaram em primeira mão quanto carbono há na vegetação das unidades de conservação terrestres no país. O trabalho conecta as agendas globais de proteção do clima e da biodiversidade. Parques e outras reservas ecológicas federais, estaduais e municipais, em terras públicas e privadas, cobrem por volta de 18% do território continental ou quase 1,6 milhão de km2 na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa. A área é similar à do Amazonas. Essas reservas compõem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) , cujas principais atribuições incluem manter a biodiversidade e os recursos genéticos do país. Mas, esse patrimônio público também é peça-chave para equilibrar o clima. A vegetação acima e abaixo do solo nessas áreas guarda ao menos 19 gigatoneladas (Gt) de carbono, análogas a 28 anos de emissões nacionais de CO2, gás que amplia o efeito estufa e eleva a temperatura global. Em 2021, o país emitiu 2,42 Gt de CO2 equivalente , taxa que reúne outros gases que afetam o clima. “É fundamental essa conversa entre as agendas climática e de biodiversidade no Brasil, onde as perdas de vegetação nativa são a maior fonte de emissões de gases-estufa”, destaca Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam e doutora em Recursos Florestais e Conservação pela Universidade da Flórida.
Por Sarah Pires 06 nov., 2023
Numa busca conceitual para compreender a dimensão do termo “voluntariado” ou sobre aquele que pratica o voluntariado, encontrei uma diversidade de definições e destaquei algumas que me chamaram a atenção, por exemplo esta, de autoria de Mônica Corullón (Voluntários-Programa de estímulo ao trabalho voluntário no Brasil. São Paulo: Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, 1996): “O voluntário é um ator social e agente de transformação , que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade, doando seu tempo e conhecimentos, realizando um trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário , atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais , sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional”. Seguindo a busca, fui instigada a ir mais além e tentar compreender as motivações daqueles que se dedicam ao voluntariado e encontrei uma lista longa de motivos, dentre eles dois de muito significado para mim (da mesma autora citada acima), que são: a doação de tempo e esforço como resposta a uma inquietação interior que é levada à prática (cunho pessoal), e a tomada de consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa (cunho social). A autora descreve ainda que “o potencial transformador das atitudes voluntárias representam o crescimento interior do próprio indivíduo ”. Outro autor, Miguel Darcy de Oliveira (Centros de voluntários: transformando necessidades em oportunidades de ação. São Paulo: Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária) , diz o seguinte: “O voluntariado que nasce deste encontro da solidariedade com a cidadania não substitui o Estado nem se choca com o trabalho remunerado mas exprime, isto sim, a c apacidade da sociedade de assumir responsabilidades e de agir por si mesma ” E mais: “O trabalho voluntário é também, cada vez mais, uma via de mão dupla: não só generosidade e doação, mas também abertura a novas experiências , oportunidade de aprendizado, prazer de se sentir útil , criação de novos vínculos de pertencimento, afirmação do sentido comunitário ” E como se dá o voluntariado e quantos são no Brasil? Como isso acontece? Algumas respostas a esses questionamentos foram encontradas no e-book intitulado “Voluntariado no Brasil: duas décadas de transformação”, pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – IDIS, lançado no ano de 2022, que revelou que o percentual da população brasileira que já praticou o voluntariado em algum momento de sua vida passou de 18% em 2001 para 56% em 2021, registrando um total de 57 milhões de voluntários ativos.
Por Kiw Assessoria 25 out., 2023
Material é fruto da cooperação técnica entre a Associação Onça D’Água e o WWF Brasil O catálogo reúne a história, as tradições e os produtos da Associação Comunitária Quilombola dos Extrativistas, Artesãos e Pequenos Produtores do Povoado Do Prata; da Associação de Artesãos e Extrativistas do Povoado do Mumbuca; e da Associação Comunitária dos Artesãos e Pequenos Produtores de Mateiros (ACAPPM). A cooperação técnica entre a Associação Onça D’Água e o WWF Brasil alavancou uma série de iniciativas para o fortalecimento do Manejo Integrado do Fogo (MIF) e da Sociobiodiversidade em comunidades rurais da região do Jalapão. Neste mês, a parceria entrega seu último produto: um catálogo digital elaborado conjuntamente com as associações beneficiárias do projeto. “A existência dos catálogos fortalece a divulgação e a venda dos produtos, facilita a comunicação com clientes no Brasil e em outros países, além de mostrar a história de cada associação e os demais serviços ofertados pelas comunidades, como os festejos, o Turismo de Base Comunitária e os produtos da agricultura familiar e do extrativismo sustentável do Cerrado”, explica a coordenadora do projeto, Cassiana Moreira.
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